Quem segura esse rojão?
(Para Santiago Andrade e para o que resta de esperança)
Sabia-se e sentia-se
Que o rojão cairia
Na cabeça dos inocentes
Mais dia menos dia.
O rojão da impunidade,
Da corrupção,
Do desgoverno,
Das omissas otoridades.
E caiu em um cinegrafista,
Olho livre da sociedade.
A gota d’água
Em nosso pote
Já tão cheio de revolta e mágoa.
Quem não é bandido
Chora,
Só a bandidagem comemora.
Paz, antes que seja tarde demais.
Vem mais rojão por aí, a mil,
Aceso pelo lado podre do Brasil
Quem segura essa gente ruim
Essa tralha?
Justiça, por que tarda e falha?
April 30th, 2015 at 10:59 am
Concordo com seu poema ulisses. O modo como você retrata a nossa situação é uma bela forma de protesto. Não na forma de baderna, mas como um protesto intelectual. Mesmo lembrando que isso tudo não é só do governo, mas também da oposição, que acaba com o país para conseguir dinheiro