Chevrolet adia estreia de híbridos flex para 2026 no Brasil
Chevrolet muda estratégia e aposta no híbrido flex
Surpreendendo quem esperava ver já em 2025 um híbrido flex nas concessionárias, a Chevrolet anunciou que seus primeiros modelos nessa categoria só chegarão em 2026. A montadora acena para a realidade do mercado brasileiro, dominado por modelos que rodam no etanol, e se distancia, ao menos por enquanto, da estratégia totalmente elétrica que vinha sendo defendida nos últimos anos.
Segundo o vice-presidente da GM América do Sul, Fabio Rua, o time de engenharia da marca está debruçado no desenvolvimento dos novos veículos híbridos com tecnologia nacional. Ele falou diretamente de Detroit durante um encontro com a imprensa, enfatizando que a mudança leva em conta tanto a infraestrutura quanto o hábito dos consumidores brasileiros, que priorizam motores flex.
Como serão os modelos híbridos flex da Chevrolet?
Os modelos Chevrolet híbridos flex vão adotar o sistema de 48V mild-hybrid (MHEV), aquele que oferece uma ajuda extra do motor elétrico principalmente em arrancadas e retomadas, reduzindo consumo e emissões. O destaque é que os veículos seguirão compatíveis com o etanol, combustível amplamente utilizado no país e que se encaixa na política de combustíveis renováveis brasileira.
A projeção inicial da GM é lançar ao menos três novos veículos com essa tecnologia, sendo que dois deles usarão o híbrido flex com produção garantida em território nacional, aproveitando as fábricas já instaladas no Brasil. A informação de lançamento em 2025 chegou a ser cogitada por sindicatos, mas a marca colocou um freio: só em 2026 mesmo.
Entre as apostas futuras, a GM ainda estuda trazer variantes plug-in, que poderão ser abastecidas tanto com eletricidade quanto com etanol ou gasolina. Isso amplia ainda mais as opções de economia e adaptação ao cotidiano do motorista brasileiro, já que amplia a autonomia e reduz a dependência de carregadores rápidos, algo ainda escasso por aqui.
- Três modelos híbridos previstos: dois com motor flex e um ainda sob estudos
- Estratégia inclui versões plug-in híbridas flexíveis
- Produção nacional mantém empregos e aproveita expertise local
Essa nova rota da Chevrolet acontece num cenário em que concorrentes como Stellantis e Honda também largaram na frente com soluções híbridas adaptadas ao Brasil. O recado do mercado é direto: o comportamento do consumidor e a infraestrutura local ainda não estão prontos para o salto massivo aos 100% elétricos, mas querem opções que reduzam custos e poluição sem abrir mão da praticidade do etanol.
A disputa agora é para ver quem entrega primeiro – e com mais eficiência – essa nova geração de carros para o país.