Derby de Madrid: Real Madrid sofre derrota 5 a 2 para o Atlético
Primeiro tempo: um início que prometia reação
O clássico começou com o Real Madrid tentando impor seu ritmo habitual. Logo aos 12 minutos, Kylian Mbappé aproveitou um cabeceio desviado de Le Normand, encontrou Vinícius Júnior aberto na banda esquerda e o brasileiro cruzou preciso para Arda Güler, que deu a primeira vantagem aos madrilenos com um chute de primeira que enganou Jan Oblak.
Mesmo com a vantagem, o time de Carlo Ancelotti não conseguiu consolidar o domínio. A defesa, ainda vulnerável, permitiu que Alexander Sørloth, do Atlético, nivelasse o placar com um cabeceio potente nos acréscimos do primeiro tempo. O empate trouxe um clima de tensão e mostrou que a vantagem de um gol foi rapidamente evaporada.
Vinícius recebeu nota 6,6, o que reflecte a inconsistência que o jovem atacante demonstrou: momentos de brilho alternados a períodos de quase invisibilidade. Enquanto isso, o jovem Éder Militão sofreu com um incômodo no joelho e acabou sendo substituído ainda no intervalo, antes mesmo de completar 45 minutos.

Segundo tempo: o Atlético impõe seu plano e desanda o Los Blancos
Com a partida reaberta, o Atlético Madrid entrou em campo mais disciplinado. A ofensiva de Diego Simeone encontrou solução nos pênaltis: Julián Álvarez converteu o primeiro, após faltarem a Arda Güler, que foi advertido por carrinho alto em Nico González.
Álvarez ainda brilhou com um chute livre impecável no minuto 63, um curva que ultrapassou a barreira e enganou Thibaut Courtois, ampliando para 3 a 2. A partir daí, o Real Madrid parecia perdido, incapaz de criar oportunidades claras.
- Antoine Griezmann completou o placar ao marcar o quinto gol nos acréscimos da partida, selando a humilhação.
- Jude Bellingham, que ainda não havia encontrado ritmo, foi retirado aos 70 minutos para dar lugar a Rodrygo, mas a mudança não reverteu o quadro.
Os números do duelo são assustadores: o Real sofreu cinco gols, quatro dos quais foram de cabeça ou chute de fora da área, evidenciando falhas na marcação de bolas paradas. O índice de passes corretos caiu para 71%, muito abaixo da média da equipe nas últimas partidas.
Além das questões físicas, a partida trouxe dúvidas táticas. Ancelotti ainda não definiu um esquema que una o poder ofensivo de Mbappé e Vinícius com a necessária rigidez defensiva. O desgaste físico de Viktor Lindelöf e a ausência prolongada de Militão aumentam o problema.
Para o próximo confronto, a diretoria pode precisar repensar a rotação do elenco e investir em treinos específicos de desarme e posicionamento. Enquanto isso, a imprensa e a torcida exigirão respostas rápidas, pois um clássico como esse não pode ser deixado como um mero tropeço.