Hamas liberta 7 reféns israelenses em Gaza; Trump supervisiona acordo

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14 out 2025

Hamas liberta 7 reféns israelenses em Gaza; Trump supervisiona acordo

Quando Hamas entregou, nesta segunda‑feira (13/10/2025) às 09h30, os primeiros sete reféns israelenses à Cruz Vermelha dentro da Faixa de Gaza, a comunidade internacional ficou em alerta máximo. Entre os libertados estava Matan Angrist, soldado de 22 anos capturado em um tanque em chamas no kibutz Nahal Oz. O acordo, mediado por Egito, Catar e Turquia, foi apresentado por Donald Trump no fim de setembro, prometendo a troca de reféns e a redução da ocupação israelense de 75% para 53% em Gaza.

Contexto e histórico do conflito

O embate que se arrasta desde o ataque do Hamas em outubro de 2023 deixou 1.219 civis mortos em Israel, segundo a AFP, e, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 67.806 palestinos perderam a vida – número ainda considerado confiável pela ONU. Desde então, várias tentativas de cessar‑fogo surgiram, mas nenhuma se consolidou até o momento atual.

Em maio de 2024, mediadores dos Estados Unidos, Egito e Catar redigiram uma proposta de três fases, incluindo um cessar‑fogo de seis semanas e a libertação de todos os reféns em troca da libertação de centenas de palestinos detidos por Israel. A proposta recebeu apoio da ONU (Resolução 2735) e foi inicialmente apresentada por Joe Biden em 31 de maio de 2024. No entanto, divergências entre Israel e o Hamas impediram sua implementação.

Detalhes da troca de reféns em 13 de outubro de 2025

O acordo firmado prevê a libertação de 20 reféns vivos – dos quais 7 foram entregues hoje – e a entrega dos corpos de 28 reféns mortos mantidos pelo Hamas. Além desses, Israel se compromete a soltar cerca de 2.000 prisioneiros palestinos nas próximas semanas.

Os sete liberados são:

  • Matan Angrist, 22 anos, soldado.
  • Gali Berman e Ziv Berman, 27 anos, irmãos capturados em Kfar Aza.
  • Alon Ahel, 24, sobrevivente do festival Nova.
  • Eitan Mor, 25, segurança do mesmo festival.
  • Guy Gilboa Dalal, 24, participante do festival de música.
  • Omri Mira, 48, sequestrado em seu carro diante da família.

Um porta‑voz da Cruz Vermelha comentou: "É um passo importante, embora ainda tenhamos muito a percorrer para garantir a segurança de todos os cativos".

Reações de Israel, Hamas e comunidade internacional

Reações de Israel, Hamas e comunidade internacional

Em Jerusalém, o chefe do Estado‑Maior das Forças de Defesa de Israel informou que as tropas se preparam para todos os cenários, inclusive para a "operação de retorno dos reféns". O primeiro‑ministro Benjamin Netanyahu declarou que a retirada de 53% da ocupação poderia abrir espaço para a reconstrução, mas enfatizou que "não haverá concessões que comprometam a segurança de nossos cidadãos".

Do lado palestino, lideranças em Cairo elogiaram a "volta à diplomacia" e pediram que o fluxo de ajuda humanitária fosse ampliado. O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, afirmou que a "solidariedade dos povos muçulmanos" seria mantida até que Gaza fosse plenamente reconstruída.

Nos Estados‑Unidos, o Departamento de Estado destacou que o acordo demonstra a eficácia da mediação tripla (EUA‑Egito‑Catar) e que o governo continuará pressionando por um cessar‑fogo permanente.

Impacto humanitário e ajuda à Faixa de Gaza

O plano inclui o envio de aproximadamente 600 caminhões diários com alimentos, água potável e suprimentos médicos. Até agora, 20% da necessidade humanitária foi atendida, mas a demanda ainda supera em muito a oferta devido ao bloqueio israelense e às restrições de inspeção.

Segundo o Crescente Vermelho Egípcio, dezenas de caminhões cruzaram a passagem de Rafah na manhã de 12 de outubro, levando tendas, cobertores e combustível. "A população precisa de uma janela de segurança para reconstruir suas casas", relatou Fatima Salem, 38, que retornou recentemente a um bairro devastado.

Curiosamente, os preços dos produtos básicos em Gaza começaram a cair após a promessa de alívio ao bloqueio, mas a escassez de energia ainda impede que muitas famílias acendam luzes à noite.

Próximos passos e desafios

Próximos passos e desafios

Uma cerimônia oficial para assinar o acordo está marcada para a mesma segunda‑feira, no Egito, com a presença de Donald Trump e cerca de 20 lideranças internacionais. O evento deve validar a liberação dos 20 reféns restantes e a entrega dos corpos dos 28 falecidos.

Entretanto, o caminho à frente permanece incerto. Os críticos apontam que a retirada parcial das tropas israelenses pode ser interpretada como uma fraqueza estratégica, enquanto grupos radicais dentro do Hamas temem que a liberação de milhares de prisioneiros palestinos possa alimentar novos confrontos.

Especialistas da Universidade Hebraica de Jerusalém alertam que, sem um plano claro de reconstrução e governança pós‑guerra, Gaza corre o risco de virar um "campo de refugiados permanente". O Conselho de Segurança da ONU prometeu monitorar a implementação, mas sua eficácia dependerá da cooperação de todas as partes.

Perguntas Frequentes

Como a troca de reféns afeta a população civil em Gaza?

A libertação dos reféns eleva a confiança na mediação internacional e pode facilitar a entrada de ajuda humanitária. Contudo, a população ainda enfrenta escassez de água, energia e serviços médicos, já que apenas 20% das necessidades foi suprida até agora.

Quantos prisioneiros palestinos Israel concordou em libertar?

O acordo prevê a libertação de aproximadamente 2.000 prisioneiros palestinos detidos por Israel, como parte da primeira fase da troca de reféns.

Qual é o papel do Egito na negociação?

O Egito atuou como mediador principal, facilitando o contato entre Hamas e Israel, e vai hospedar a cerimônia de assinatura do acordo, além de coordenar a passagem de ajuda humanitária pela fronteira de Rafah.

Quais são os riscos de retomada dos combates?

Se o Hamas ou facções radicais interpretarem a liberação de prisioneiros como fraqueza, podem organizar novos ataques. Da mesma forma, Israel pode reagir se houver violações do cessar‑fogo, como já ocorreu em março de 2025.

Quando o próximo lote de ajuda humanitária deve chegar?

O acordo estabelece o envio de 600 caminhões por dia; as primeiras entregas adicionais estão previstas para a noite de 13 de outubro, após a inspeção das forças israelenses na passagem de Rafah.

Thayane Almeida
Thayane Almeida

Sou especialista em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é informar e engajar o público com as últimas novidades. Trabalho como jornalista há mais de 20 anos e adoro o dinamismo da minha profissão.

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2 Comentários

elias mello

elias mello

outubro 14, 2025 at 00:54

Olha, quando a gente vê um passo assim, dá uma esperança meio que tímida, né? 🤔
É como se a gente finalmente enxergasse uma luz no fim do túnel, mesmo que ainda esteja muito escuro.
Mas tem que lembrar que cada liberação traz milhares de histórias e dores que continuam penduradas.
Então, celebro esses sete, mas não deixo de sentir o peso dos que ainda esperam.
Que a diplomacia continue firme, porque a paz não é um fim de semana.

Camila Gomes

Camila Gomes

outubro 14, 2025 at 02:59

E é bom ver um passo à frente, mesmo q seja pequeno.

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