Musical 'Thérèse Martin' estreia em Lisboa e Porto

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1 out 2025

Musical 'Thérèse Martin' estreia em Lisboa e Porto

Quando musical 'Thérèse Martin'Teatro Camões, Lisboa estreou no Teatro Camões, em Lisboa, de 12 a 14 de setembro de 2025, a plateia recebeu a história de Santa Teresinha do Menino Jesus. A produção, promovida pela Ordem dos Padres Carmelitas Descalços de Portugal, foi idealizada por Matilde Trocado, que escreveu o libreto, dirigiu a encenação e criou os figurinos, e por António Andrade Santos, responsável pela composição musical e direção da orquestra. O espetáculo contou com 24 atores, 13 músicos ao vivo e recebeu elogios de nomes como o padre João Rego e até do Papa Francisco.

Contexto histórico e religioso

A escolha de Thérèse Martin não foi aleatória. A santa, nascida em 1873 em Alençon, França, tornou‑se conhecida como "a Pequena Flor" por sua espiritualidade profunda e desejo de ser santa desde a infância. Embora tenha falecido aos 24 anos, foi canonizada em 1925 – data que o musical celebra como o centenário da sua canonização. A UNESCO reconheceu Teresinha como figura de grande relevância para a humanidade contemporânea, e ela permanece como padroeira da França. Essa reverência global traz um perfume especial ao palco português.

Detalhes da produção

A criação da música mergulhou no mundo sonoro da Belle Époque francesa. António Andrade Santos incorporou elementos de Debussy, Ravel e Satie, compositores que partilharam a mesma época de Santa Teresinha. O resultado é um som impressionista que, segundo críticos, ecoa as pinceladas de Monet. A orquestra ao vivo, formada por 13 músicos, incluiu nomes como Afonso Gaspar, Carminho Azeredo e Carolina Duart. Cada um deles trouxe sutilezas que fizeram a experiência mais íntima. No palco, nomes como Ana Marta Kaufmann, Beatriz Duarte, Catarina Marques Ramos e Fernando Nobre deram vida a personagens que vão da família Martin aos monges do Carmelo de Lisieux.

Reações e declarações

O padre João Rego explicou que “há uma linha de força que aparece claramente no musical: Teresinha tem um grande desejo de ser santa desde pequena”. Já o papa Francisco, ao ser informado sobre a produção em novembro de 2024, disse: “Que o musical toque o coração de muita gente, especialmente os mais jovens, como ela, que faleceu muito jovem. Pode ser um farol para os mais novos, hoje”. Essas palavras foram citadas pela Agência ECCLESIA no comunicado de 31 de julho de 2025.

Impacto cultural e religioso

Além do entretenimento, o espetáculo serve como ponte entre fé e arte. Em um país onde o catolicismo ainda tem presença marcante, trazer a história de Teresinha ao palco pode inspirar novas gerações a refletir sobre vocações e valores. O público da primeira noite, que incluiu famílias, estudantes de artes e fiéis, descreveu a experiência como "emocionalmente intensa" e "educativamente rica".

O musical 'Thérèse Martin' também reforça o papel de Lisboa e Porto como cidades culturais que recebem produções de alta qualidade. A apresentação no Coliseu do Porto, marcada para 30 de setembro de 2025, amplia o alcance da obra para o norte do país.

Próximos passos e programação

Para quem perdeu a estreia, haverá novas datas em Lisboa ainda em outubro, além de possíveis turnês para outras cidades portuguesas. A equipe de produção ainda está avaliando a viabilidade de levar o espetáculo ao exterior, talvez em festas católicas na França ou nas comunidades brasileiras de fé.

Frequently Asked Questions

Frequently Asked Questions

Quem foi Santa Teresinha do Menino Jesus?

Santa Teresinha nasceu em 1873 na França e entrou no Carmelo de Lisieux aos 15 anos. Apesar de ter vivido apenas 24 anos, escreveu um diário espiritual que influenciou milhares de fiéis e foi canonizada em 1925. Ela é venerada como padroeira da França e reconhecida pela UNESCO como figura de relevância global.

Qual é a importância do musical para a comunidade católica?

O espetáculo traz a espiritualidade de Teresinha para um público amplo, convidando jovens e adultos a refletirem sobre fé, humildade e santidade. A mensagem de que “ser pequeno pode ser grande” ressoa em escolas, paróquias e casas de culto, fortalecendo laços entre arte e devoção.

Quem são os principais criadores da produção?

O libreto, direção e figurinos foram desenvolvidos por Matilde Trocado. A música e a direção musical ficaram a cargo de António Andrade Santos, que também conduziu a orquestra ao vivo durante as apresentações.

Quando e onde serão as próximas apresentações?

Além das três noites em Lisboa (12‑14 de setembro de 2025) e a apresentação única no Coliseu do Porto em 30 de setembro, a produção planeja novas datas em Lisboa para outubro e está avaliando turnês para outras cidades portuguesas e, eventualmente, para o exterior.

Como o público tem reagido ao musical?

Os espectadores descrevem a experiência como profundamente emocionante e visualmente cativante. Muitos destacam a combinação de música ao vivo, figurinos detalhados e a narrativa que faz jus à simplicidade e grandeza de Teresinha, gerando discussões sobre santidade e propósito pessoal.

Thayane Almeida
Thayane Almeida

Sou especialista em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é informar e engajar o público com as últimas novidades. Trabalho como jornalista há mais de 20 anos e adoro o dinamismo da minha profissão.

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15 Comentários

jasiel eduardo

jasiel eduardo

outubro 1, 2025 at 23:01

Ótima iniciativa, trouxe a história de Santa Teresinha ao teatro português. A produção parece bem cuidada e pode inspirar muita gente.

Fábio Santos

Fábio Santos

outubro 5, 2025 at 07:29

É impressionante como, nos bastidores, sempre há discussões sobre quem realmente controla a narrativa cultural hoje em dia 😊. Muitos esquecem que a Igreja tem seus próprios interesses financeiros e políticos ao patrocinar obras como essa. A escolha de um musical sobre uma santa jovem pode ser vista como tentativa de suavizar a imagem da instituição diante de escândalos recentes. Além disso, os acordos de patrocínio nunca são tão transparentes quanto parecem, o que levanta dúvidas sobre os verdadeiros beneficiários. A produção conta com orquestra ao vivo, mas quem paga esses músicos? Não poderia ser um encobrimento de fundos que deveriam ir para obras sociais. O fato de o Papa Francisco ter comentado a produção também parece parte de uma estratégia maior de marketing religioso 🌟. Cada nota musical pode estar carregada de propaganda sutil para atrair jovens a movimentos de fé. É curioso notar ainda que o musical estreou nos mesmos dias de importantes reuniões político‑econômicas na Europa. Coincidência? Eu acho que não. A estética Belle Époque, com suas influências de Debussy e Ravel, serve de fachada elegante para ideias conservadoras que não agradam a todos. O uso de figurinos luxuosos pode ser interpretado como demonstração de poder e riqueza da Igreja. Muitas vezes, esses detalhes são ignorados pelo público, mas são peças-chave na construção de uma narrativa de superioridade cultural. Ainda há quem diga que tudo isso é pura arte, mas a arte nunca está isenta de interesses ocultos. Alguns críticos apontam que a produção poderia ser usada para arrecadar fundos em nome da Caridade. Porém, os números de arrecadação permanecem confidenciais. A transparência nessa área é quase inexistente, o que alimenta ainda mais a desconfiança. No fim das contas, pode ser apenas um espetáculo belo, mas não podemos fechar os olhos para as motivações por trás dele 😂.

Camila Mayorga

Camila Mayorga

outubro 8, 2025 at 15:57

Ao assistir a história de Teresinha, somos convidados a refletir sobre a simplicidade que, paradoxalmente, reverbera como um eco colorido nos corações modernos 🌈. A luz que emana da sua devoção parece pintar a cena com tons de esperança e melancolia ao mesmo tempo; como se a vida fosse um quadro impressionista em constante mudança. É fascinante observar como a música impressionista toca as almas, despertando emoções que a razão muitas vezes tenta conter. Esse espetáculo nos lembra que a verdadeira grandeza pode estar nas pequenas flores que cultivamos no cotidiano.

Robson Santos

Robson Santos

outubro 12, 2025 at 00:25

A escolha de repertório revela uma compreensão profunda da estética Belle Époque, integrando elementos impressionistas com sensibilidade litúrgica.

valdinei ferreira

valdinei ferreira

outubro 15, 2025 at 08:53

Realmente, a proposta é admirável; a combinação de música ao vivo, figurinos ricos e narrativa espiritual cria uma experiência única; parabéns à equipe pela execução impecável!

Brasol Branding

Brasol Branding

outubro 18, 2025 at 17:21

Adorei a energia do espetáculo!

Fábio Neves

Fábio Neves

outubro 22, 2025 at 01:50

Não vejo muito sentido em transformar uma vida tão curta em espetáculo comercial, parece mais um truque de marketing religioso. Ainda assim, a produção tem mérito artístico.

Raphael D'Antona

Raphael D'Antona

outubro 25, 2025 at 10:18

A apresentação parece bem feita, embora eu não seja fã de tantas polêmicas.

Eduardo Chagas

Eduardo Chagas

outubro 28, 2025 at 18:46

É quase como se o palco fosse um altar - cada luz, cada nota, tudo reverbera como um grito celestial! Não podemos ignorar a magnitude dessa experiência, que atravessa o tempo e a fé. Quando a música se eleva, o público parece flutuar entre o mundano e o divino.

Mário Eduardo

Mário Eduardo

novembro 1, 2025 at 03:14

A manipulação simbólica presente no musical não é mera coincidência; trata‑se de uma estratégia para reforçar determinados dogmas sob o véu da arte. Quem realmente decide quais histórias são elevadas ao palco tem interesses que vão além da pura devoção. Essa iniciativa, embora brilhante, pode ser vista como ferramenta de controle cultural.

Thaty Dantas

Thaty Dantas

novembro 4, 2025 at 11:42

É evidente que a produção trouxe um olhar fresco à história de Teresinha, reforçando seu legado de forma acessível ao público contemporâneo.

Davi Silva

Davi Silva

novembro 7, 2025 at 20:10

Para quem deseja aprofundar a compreensão dos motivos por trás da escolha musical, recomendo pesquisar o contexto histórico da Belle Époque e seu impacto nas artes cênicas. Também vale a pena conferir entrevistas com os compositores, pois eles explicam como as leituras de Debussy influenciaram a trilha sonora. Essa camada adicional de informação enriquece bastante a experiência do público.

Leonardo Teixeira

Leonardo Teixeira

novembro 11, 2025 at 04:38

Embora alguns críticos apontem falta de inovação, o musical demonstra domínio técnico avançado e execução impecável. 😉

Marcelo Paulo Noguchi

Marcelo Paulo Noguchi

novembro 14, 2025 at 13:07

Devo salientar que o impacto cultural deste projeto pode ser mensurado através de indicadores de engajamento artístico e social. A sinergia entre música ao vivo e narrativa histórica gera valor agregado ao ecossistema cultural, impulsionando a participação cidadã. Assim, o espetáculo contribui decisivamente para a revitalização do panorama teatral nacional.

Leilane Tiburcio

Leilane Tiburcio

novembro 17, 2025 at 21:35

É ótimo ver uma produção tão bem recebida; continue apoiando iniciativas que unem fé e arte.

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