Semifinais da Libertadores 2025: Flamengo e Palmeiras enfrentam Racing e LDU em duelos decisivos

Dois clubes brasileiros na semifinal da Copa Libertadores da América 2025 — e o cenário parece saído de um roteiro cinematográfico. O Flamengo e o Palmeiras estão de volta às últimas quatro da competição, prontos para enfrentar rivais sul-americanos com histórias profundas e desafios únicos. A CONMEBOL confirmou os duelos em 27 de setembro de 2025, e o calendário já acendeu o fogo nos torcedores. O primeiro embate será entre Flamengo e Racing Club, no Maracanã, no Rio de Janeiro, na quarta-feira, 22 de outubro, às 21h30 (horário de Brasília). Dois dias depois, o Palmeiras viaja para os Andes, enfrentando a Liga Deportiva Universitaria no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, a 2.850 metros de altitude. O clima já está tenso — e o prêmio? O maior da história da competição.

Os duelos que vão definir o futuro da Libertadores

O confronto entre Flamengo e Racing é mais do que um jogo. É uma revanche da semifinal de 2019, quando o Rubro-Negro avançou e depois conquistou o título. O Racing, por sua vez, vem de uma campanha sólida, eliminando o Independiente e o Boca Juniors em jogos emocionantes. O Maracanã, com capacidade para mais de 78 mil torcedores, será um caldeirão. A torcida do Flamengo espera um desempenho de gala — e o técnico Rogério Ceni, que já foi campeão como jogador e treinador, sabe que a pressão é imensa.

Já o Palmeiras enfrenta um adversário que não se intimida com a altitude. A LDU, que eliminou o São Paulo no Morumbi em um jogo histórico, tem o jogo como arma principal. A equipe equatoriana, com média de idade de 24 anos, joga com velocidade e pressão alta. O técnico colombiano Óscar Washington Tabárez, aos 78 anos, ainda comanda com inteligência tática. O Allianz Parque, em São Paulo, será o palco da revanche — e o clube paulista, tricampeão da competição (1999, 2020, 2021), quer o quarto título, algo que nenhum time brasileiro conquistou até hoje.

Prêmios recorde e o peso financeiro da conquista

Se o futebol é paixão, também é negócio. A CONMEBOL anunciou uma estrutura de premiação recorde para a edição de 2025. O campeão levará US$ 24 milhões — cerca de R$ 136 milhões. O vice-campeão, R$ 39,7 milhões. Já os semifinalistas, independentemente do resultado, garantem R$ 13 milhões cada. Para efeito de comparação: em 2021, o prêmio do campeão era de US$ 18 milhões. O aumento de 33% mostra o valor crescente da competição no mercado global.

Os clubes também recebem por vitórias: R$ 1,7 milhão por cada triunfo na fase de grupos. E isso não é só dinheiro. É investimento em infraestrutura, contratações, academias. O Palmeiras, por exemplo, já anunciou que parte dos recursos será destinada à reforma da sede do clube em Barra Funda. O Flamengo, por sua vez, planeja expandir o centro de treinamento na Gávea.

Transmissão e o papel da mídia

Os jogos terão transmissão ao vivo pelo Disney+, exceto o primeiro jogo: Flamengo x Racing será exibido pela Globo. A decisão foi estratégica — a emissora quer manter o domínio sobre os grandes clássicos nacionais, mesmo em competições continentais. Para os torcedores, isso significa que, se quiserem ver todos os jogos, precisarão de duas assinaturas. Um detalhe que já gera polêmica nas redes sociais.

A final em Lima: um sonho brasileiro

Se ambos os clubes vencerem, a final em 29 de novembro de 2025 será uma reedição da de 2021 — quando o Palmeiras venceu o Flamengo por 2 a 1 no próprio Maracanã. A partida será no Estádio Nacional (Monumental), em Lima, Peru. É a primeira vez que a final da Libertadores será realizada no Peru desde 1997. O estádio, reformado em 2011, tem capacidade para 50 mil pessoas e é considerado um dos mais modernos da América do Sul.

É um momento histórico. Um clássico brasileiro em solo sul-americano, com o maior prêmio da história do futebol continental em jogo. Ninguém sabe o que vai acontecer — mas todos sabem que o que está em jogo vai além do troféu. É legado. É glória. É dinheiro. É identidade.

Por que isso importa para o Brasil?

Quando dois clubes brasileiros chegam às semifinais da Libertadores, o país inteiro para. Não é só por orgulho esportivo. É porque o futebol ainda é o principal termômetro da identidade nacional. O Palmeiras e o Flamengo representam duas vertentes do Brasil: o primeiro, com sua base de torcedores em regiões mais pobres e o segundo, com forte influência na mídia e na cultura pop. A conquista de um quarto título por qualquer um deles mudaria o mapa da elite do futebol sul-americano. E se o Flamengo vencer? Ele se tornaria o primeiro clube brasileiro com quatro títulos. Se for o Palmeiras? Ele se igualaria ao Independiente, o maior vencedor da história da competição, com sete títulos.

Além disso, o desempenho dos clubes brasileiros na Libertadores afeta diretamente a classificação da CONMEBOL para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Quanto mais times brasileiros avançam, mais vagas o Brasil garante para 2026. É um ciclo: sucesso no continente = mais oportunidades no mundo.