Roberto Carlos emociona com ‘Emoções’ na abertura do especial de 60 anos da Globo com 400 artistas
Um show para a história: Roberto Carlos, 400 artistas e nostalgia no ar
Se nostalgia fosse música, ela teria a voz de Roberto Carlos embalando o refrão de ‘Emoções’ diante de 400 artistas e milhões de brasileiros na frente da TV. Assim começou o especial que marcou o aniversário de 60 anos da Globo, na noite do dia 26 de abril de 2025. Não dava para ser diferente: a emissora fez questão de abrir as comemorações com o mesmo luxo e emoção de suas novelas mais icônicas, costurando músicas, lembranças e rostos famosos no palco dos Estúdios Globo, no Rio.
A maratona de homenagens começou cedo. Logo pela manhã, uma edição especial do Bom Dia Sábado trouxe aquele gostinho de retrospectiva: reportagens com trechos de telejornais marcantes e, claro, um tributo à jornalista Glória Maria. Suas filhas abriram o coração ao relembrar a carreira da mãe, que passou 52 anos transformando a televisão brasileira e ganhou uma minissérie documental para eternizar sua história na emissora.
O dia não parou por aí. Entre um quadro e outro, programas como Jornal da Globo e É de Casa entraram no clima festivo. Ana Maria Braga desfilou pelo estúdio com um bolo de aniversário, daquele jeito que só ela sabe fazer, arrancando sorrisos e palmas, enquanto o É de Casa deu aquela viajada gostosa no tempo: preparou e provou quitutes clássicos das novelas – quem não sentiu vontade de experimentar o famoso pastel de O Clone ou o pão de Vale Tudo?

Vilões, humor, jornalismo e homenagens marcantes
Quando a noite chegou, era hora de reunir todo mundo: heróis e vilões, humoristas, jornalistas e quem faz a mágica acontecer diante e atrás das câmeras. O palco parecia um mosaico animado de 400 artistas circulando por cenários que mudavam conforme o roteiro – cada espaço contando um pedacinho dos 60 anos de trajetória da Globo.
Um dos momentos que mais mexeu com o público foi o encontro dos vilões mais amados (e odiados!) das novelas. Nomes como Nazaré Tedesco, Carminha e Odete Roitman dividiram o mesmo espaço, rolou até piada improvisada e troca de farpas, daquelas que só a ficção consegue proporcionar — para delírio dos fãs de novela raiz.
Teve também espaço para o humor, com quadros que lembraram lendas como Chico Anysio, Paulo Gustavo e Dercy Gonçalves. Os artistas atuais misturaram referências e bordões eternos com pitadas de crítica e saudade, criando um clima de risada e reverência ao legado dos pioneiros na arte de fazer o Brasil gargalhar.
Mas o tributo ao jornalismo não ficou para trás. Jornalistas de diferentes gerações se encontraram no palco para contar causos e coberturas históricas — das Diretas Já até as reportagens investigativas que marcaram época. O público acompanhou bastidores e viu, quase como num making-of ao vivo, o impacto da informação na formação da sociedade.
O encerramento da festa veio de forma apoteótica: Roberto Carlos, cercado de artistas, ecoou “são tantas emoções...” e ninguém mais lembrou da hora. Da telinha para o Brasil inteiro, o que se viu foi uma celebração não só da televisão, mas das memórias de quem cresceu ao som, à cor e à voz da Globo nesses 60 anos.