US Open 2025: Alcaraz atropela Lehecka e Djokovic elimina Fritz; semifinal promete choque de gerações

  • Home
  • US Open 2025: Alcaraz atropela Lehecka e Djokovic elimina Fritz; semifinal promete choque de gerações
Blog Thumb
3 set 2025

US Open 2025: Alcaraz atropela Lehecka e Djokovic elimina Fritz; semifinal promete choque de gerações

Quartas em alta voltagem: Alcaraz passeia, Djokovic resiste e a Arthur Ashe ferve

O US Open 2025 entrou na fase quente com um roteiro perfeito para os fãs: Carlos Alcaraz e Novak Djokovic garantiram vaga nas semifinais com atuações que dizem muito sobre onde cada um está no torneio. De um lado, um Alcaraz rápido, confiante e sem ceder terreno. Do outro, um Djokovic que usa every trick in the book para dobrar a resistência dos adversários e o barulho da torcida. E sim: eles vão se enfrentar por uma vaga na final em Nova York.

Alcaraz, cabeça 2, passou por Jiri Lehecka (20º) com autoridade: 6-4, 6-2, 6-4, na Arthur Ashe Stadium. Foi a quinta vitória seguida sem perder sets no torneio, sequência que grita forma física e mental em dia. É a terceira semifinal do espanhol no US Open nos últimos quatro anos e a quinta em Grand Slams nos últimos dois — uma amostra do padrão que ele tem mantido no topo.

O placar diz que foi tranquilo, e a quadra confirmou. Alcaraz controlou a devolução desde o começo, aliviou a própria vida ao administrar bem os primeiros games de saque e impôs velocidade nas trocas. Quando Lehecka tentava alongar os pontos, o espanhol variava com slice, bola alta profunda e curtas que quebravam o ritmo. No segundo set, a diferença de leitura tática ficou ainda mais evidente: o tcheco não conseguiu manter a pressão por mais de dois games seguidos.

Um detalhe que ajuda a entender a campanha: até aqui, Alcaraz não encarou ninguém acima do 20º cabeça de chave — efeito dominó das zebras na sua metade da chave. Isso não diminui o nível do que ele apresentou, mas explica por que a semifinal terá cara de primeiro grande teste: do outro lado estará Novak Djokovic, que derrubou o último americano do torneio.

Djokovic venceu Taylor Fritz (4º) por 6-3, 7-5, 3-6, 6-4 num jogo com jeitos diferentes em cada set, mas uma constante: a capacidade do sérvio de frear o ímpeto do adversário em momentos-chave. O histórico agora é 11-0 contra Fritz — e o peso psicológico dessa marca apareceu nos pontos grandes.

No início, Djokovic quebrou cedo e ditou o tom. O primeiro set pode ser resumido numa sequência: servindo em 5-3, ele enfrentou 40-15 contra, salvou break points após uma troca de 25 golpes e fechou a parcial. É a essência do sérvio: quando a corda estica, ele encontra profundidade na devolução e obriga o rival a bater mais uma bola sob pressão.

O segundo set foi o mais tenso. Fritz elevou o nível, sacou melhor, começou a empurrar Djokovic para trás e teve chances. Quando o sérvio sacava em 5-4, falhou numa deixada e foi quebrado, incendiando a Arthur Ashe. Só que Fritz devolveu a gentileza com uma dupla falta no game seguinte, entregando de volta a vantagem. Djokovic não perdoou: 7-5 e controle de novo.

O americano reagiu no terceiro set. Teve uma quebra cedo, surfou a energia das arquibancadas e, quando Djokovic vacilou no saque com a torcida vaiando, Fritz aproveitou. Foi o momento em que o jogo pareceu abrir, com o número 4 jogando mais solto e empilhando primeiros saques.

O quarto set caminhava para o tiebreak até que, em 4-5, Fritz encarou 15-40. Salvou dois match points com pancadas firmes no fundo. No terceiro, a cena que dói para qualquer tenista: dupla falta. Fim de linha para o último americano na chave masculina, sob um misto de frustração e aplausos.

Os números finos do duelo não foram divulgados ali na hora, mas a narrativa ficou clara: Djokovic venceu pela soma de detalhes — devoluções profundas nos 30-30, escolhas prudentes em ralis longos e a coragem de ir à rede quando Fritz recuava um passo além da linha. A experiência pesa, e muito.

Semifinal dos sonhos: o que esperar de Alcaraz x Djokovic

Semifinal dos sonhos: o que esperar de Alcaraz x Djokovic

Agora, o torneio ganha sua partida mais aguardada. Alcaraz chega sem perder sets, com pernas leves e confiança lá em cima. Djokovic chega testado, com quilometragem de quadra e aquela vibração de quem adora jogo grande. O choque de estilos está bem desenhado: agressividade e improviso do espanhol contra a leitura de jogo e o contra-ataque do sérvio.

Para Alcaraz, três pontos-chave: 1) porcentagem alta de primeiro saque para evitar a devolução venenosa de Djokovic; 2) variação constante — curtinhas, slices e mudanças de direção — para tirar o rival do eixo; 3) cabeça fria nos 30-30, onde Djokovic costuma apertar. Se o espanhol administrar bem os games de serviço curtos, ele empurra o placar e joga o peso para o outro lado.

Para Djokovic, a cartilha passa por: 1) explorar o backhand de Alcaraz com profundidade antes de atacar o forehand aberto; 2) investir na devolução em cima da linha para roubar tempo; 3) alongar ralis nos momentos tensos, evitando acelerar sem construção. O sérvio gosta de transformar a partida num teste de paciência e seleção de golpes — e aí pouca gente passa.

O fator ambiente conta. A Arthur Ashe muda com vento lateral e ar mais pesado à noite. Se a partida cair no horário nobre, o saque perde um pouco de punch e a devolução ganha espaço. Isso, em tese, favorece Djokovic, mas Alcaraz compensa com explosão e capacidade de atacar bola alta. A gestão de energia entre pontos — aquele caminhar lento, a toalha, a respiração — pode ser decisiva quando o relógio passa de três horas.

Histórico pesa? Sim, mas com cuidado. Os dois já protagonizaram jogos que marcaram temporadas recentes, com reviravoltas, match points salvos e sets que pareceram finais à parte. Alcaraz provou que consegue acelerar e controlar Djokovic na mesma noite. Djokovic mostrou que, quando a partida vira xadrez, ele ainda manda no tabuleiro. É por isso que o encontro na semifinal carrega rótulo de final antecipada.

Vale também observar a dinâmica das primeiras devoluções. Se Alcaraz começar abrindo a quadra com o kick no ad e vencendo pontos curtos, Djokovic terá de ajustar a posição de retorno. Se o sérvio travar dois, três games seguidos na devolução, o espanhol precisa aceitar a troca longa sem forçar winners apertados. A linha entre agressividade e precipitação costuma decidir esse confronto.

Do lado físico, ambos chegam prontos. Alcaraz economizou minutos com vitórias retas; Djokovic, apesar de ter jogado quatro sets, não pareceu fora do prumo. A diferença deve estar menos nas pernas e mais na cabeça: quem lida melhor com o mini-caos de um 4-4, 30-30, sobrevive.

Para a chave masculina, o cenário é claro: quem sair vivo deste duelo entra na final como favorito, independentemente do outro lado da tabela. Não é desrespeito, é leitura de momento e de nível de tênis apresentado até aqui.

No feminino, uma nota importante do dia: Jessica Pegula, a principal esperança americana no torneio, avançou e terá pela frente a número 1, Aryna Sabalenka. É duelo de estilos — regularidade pesada da americana contra potência bruta da líder do ranking — que promete mexer com a sessão noturna em Nova York.

Nova York gosta de drama e tradição, e a edição 2025 está entregando os dois. Alcaraz joga com alegria e veneno tático, Djokovic com cálculo e sangue-frio. Coloque isso na maior quadra do mundo, com uma torcida que troca de humor a cada minibreak, e o resultado tende a ser daqueles jogos que ficam na memória.

Thayane Almeida
Thayane Almeida

Sou especialista em notícias e gosto de escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Minha paixão é informar e engajar o público com as últimas novidades. Trabalho como jornalista há mais de 20 anos e adoro o dinamismo da minha profissão.

Ver todos os posts